ALERTA VERMELHO: PRAGANAS

As praganas são aparentemente inofensivas mas fique atento sempre que levar o seu animal ao passeio de rotina.

As praganas são aparentemente inofensivas mas fique atento sempre que levar o seu animal ao passeio de rotina

 

O que são praganas?

As praganas fazem parte de uma vasta família de plantas gramíneas.

 

Estas estruturas podem ser encontrados na inflorescência de espigas de várias plantas desta família, como por exemplo, o trigo, centeio, cevada, etc.

 

Basicamente as praganas são prolongamentos que se assemelham a espinhos, com forma de arpão e desempenham um papel importantíssimo na disseminação de sementes necessárias à reprodução.

 

Quais os fatores de risco?

Claro está que a forma conferida a estas espigas leva a que o seu trajeto seja unidirecional. Após penetração da parte mais afilada numa estrutura, como por exemplo a pele ou um orifício, leva a que o seu sentido seja sempre progressivo na mesma direção e dificilmente volte para trás.   

 

Os fatores de risco associados às praganas estão intimamente ligados com a altura do ano, a zona, o tipo de terrenos e abundância deste tipo de gramíneas.

 

Para além disso, o tipo de pelo do animal também favorece em maior ou menor grau a penetração de praganas.

 

A altura de maior predominância e alerta é na primavera/verão, altura em que as temperaturas sobem e as ervas começam a secar.

 

O que pode acontecer?

Com uma facilidade estonteante, as praganas podem trazer grandes problemas ao seu animal, nesta altura do ano.

 

 

A penetração destas espigas revela-se um perigo eminente na medida em que podem provocar infeções, feridas ou abcessos na pele, principalmente em regiões mais vulneráveis como axilas, virilhas ou espaços interdigitais.  

 

O alojamento em orifícios (ouvidos, narinas ou olhos) pode ter efeitos colaterais ainda mais graves. Em última análise, podem levar a rotura de tímpano, hemorragia nasal e lesões pulmonares, lesão do globo ocular e estruturas anexas como infeções graves ou até levar à cegueira.

 

Sinais de alerta

Após os passeios higiénicos ou de rotina em locais com predominância de gramíneas e tendo em conta a região anatómica, esteja atento a alguns dos seguintes sinais:

  • Dor ou desconforto;
  • Espirros;
  • Hemorragia nasal;
  • Prurido ou lambedura excessiva;
  • Elevação e/ou vermelhidão cutânea;
  • Sacudir ou inclinar a cabeça;
  • Lacrimejar;Conjuntivite;
  • Engasgo/tosse/vómito;
  • Etc.

 

Recomendações

Como será de fácil depreensão, existem diversas lesões mais ou menos graves que podem ocorrer após contacto com este tipo de ervas.

 

Para o ajudar, deixamos aqui algumas recomendações:

  1. Evite zonas de passeio com predominância de ervas produtoras de praganas, nomeadamente terrenos localizados em zonas mais rurais ou com muitas ervas secas;
  2. Evite que o seu cão ingira este tipo de ervas;Em cães de pelo comprido e/ou encaracolado opte pelo corte na altura de maior calor;
  3. Após cada passeio:
  4. Esteja atento aos sinais de alerta;Observe bem o seu cão, incidindo em todas as estruturas vulneráveis (pelo, ouvidos, axilas, virilhas, espaços interdigitais e almofadinhas plantares);
  5. Retire do pelo todas as espigas que encontrar;
  6. Escove o pelo;
  7. Se detetar praganas cravadas superficialmente, deve extraí-las com a mão ou com o auxílio de uma pinça;
  8. Desinfetar a zona afetada, após extração da pragana, certificando-se de que não existam fragmentos cravados. Nos dias seguintes mantenha a observação e desinfeção da zona;
  9. Caso não consiga extrair parte da pragana, devido a rompimento, ou caso a espiga seja de difícil remoção, não insista. Procure ajuda médica;
  10. Praganas alojadas em orifícios deverão ser sempre removidas com recurso a intervenção médica.

 

Garanta sempre a saúde e bem-estar do seu animal e em caso de dúvida ou persistência de sintomas suspeitos recorra a um Médico Veterinário.

 

PetKi

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